terça-feira, 17 de maio de 2011

A História dos Desbravadores

O Surgimento Da Idéia
Após a organização do Departamento de Jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia (l907) “foi dada atenção aos juvenis”20 através do Curso de Leitura de Menores (l908), das sociedades de Juvenis (l908) com lições bíblicas, Ano Bíblico Ju
venil (l917) e o Manual dos Juvenis.

“Devia, porém, desenvolver-se ainda um campo de ação maior de atividades [específicas] para os menores. Depois de observar a Organização dos Escoteiros e de outra Sociedade... para meninas, os diretores organizaram clubes locais para trabalhos manuais e acampamentos.”21
Em l919 Arthur W. Spalding, editor do Whathman Magazine
, iniciou em seu lar (Madson, Tennessee – EUA) “um dos primeiros trabalhos diretamente relacionados com os juvenis – Os Escoteiros Missionários de Madson”, como foram chamados (referência ao Escotismo criado na Inglaterra 12 anos antes).

“A idéia começou com seu filho que acampou com alguns escoteiros. Arthur estudou a organização, formulou novas diretrizes compatíveis com os objetivos espirituais da Igreja e criou o seu clube...[que fazia] excursões de fim de semana, trabalhos manuais e seguimento de pista.”22
Os “Escoteiros Missionários” ou “Missão dos Sentinelas”23 desenvolveram idéias fundamentais para o atual Clube de Desbravadores como seu voto, lei e lema (redigidos em 1921 por Spalding e Harriet Holt) base para os atuais. Após um ano eles “advogaram as idéias básicas para o funcionamento dos futuros clubes”.24
Em 1922 a Associação Geral adotou os nomes de “Amigo”, “Companheiro”, “Camarada” e “Guia Camarada” para as classes J.A (inicialmente um programa para jovens). Depois vieram as Preliminares (l930), usadas hoje pelos Aventureiros; Pesquisador (1956), Pioneiro (1966) e Excursionista (1982).

Em 1925 houve o primeiro acampamento de Juvenis na Austrália. Um ano depois o Pr. Grover Fattic fez o mesmo nos EUA. “Ao lado do lago Town Line – Michigan, com muitas dificuldades ele conseguiu reunir 18 garotos que formaram o Clube Urso Polar e ficaram acampados por 10 dias.”25
Em 1927 o Departamento de Jovens da Associação Geral projetou os “Méritos Vocacionais” (depois “Especialidades”). Após um ano C. Lester Bond, o Secretário, preparou as primeiras especialidades, publicadas num Manual com 16 ao todo (Fotografia, Avicultura, Lavanderia, Estrelas, Árvores, Radioamadorismo...). Com algumas alterações elas...“permanecem até hoje.”26

A Origem do Nome
O nome original “DESBRAVADOR” – “PATHFINDER” (em inglês) significando “DESCOBRIDOR DE CAMINHOS NOVOS”,27 foi usado primeiramente pelo Pr. Spalding, no Acampamento de Juvenis da Califórnia, em 1929.No Fogo do Conselho ele contou a história de um pioneiro e explorador americano daquele Estado – “John Freemont – Um Desbravador”. A história e a palavra “DESBRAVADOR” chamou tanto a atenção dos juvenis e líderes, que no próximo ano o terreno foi comprado e batizado “Acampamento do Desbravador MVJ (Missionário voluntário Juvenil).”28 Nesse ano “John Mckin, “Chefe de Escoteiros”, [que estava presente] iniciou um Clube de ‘Desbravadores’ em sua casa em Anaheim, Califórnia.”

O termo “PATHFINDERS” – “DESBRAVADORES” foi usado pela primeira vez num ‘Programa de Jovens’ por dois leigos nos primeiros anos da década de 30.29
Em 1930 o Dr. Theron Johnston vendo as necessidades espirituais dos juvenis da Igreja de santa Ana – Califórnia e John Mckin fundaram um clube que “resolveram chamar Clube de Desbravadores” (Mckin escolheu) por esse nome já ser comum entre os juvenis. Supõe-se que ele inspirou-se na história contada por Spalding
, embora outros indiquem o nome do Acampamento Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).
As reuniões aconteciam no porão da casa de Johnston
“e as primeiras instruções foram sobre técnicas de rádio e eletrônica. Sua filha, Maurine, que o tinha ajudado com o rádio, protestou quando não lhe foi permitido participar do clube. Como resultado sua mãe”30

“Segundo o Pastor Arnold Plata, que junto com a esposa Dixie, mantêm o Museu do Desbravador... os primeiros clubes, surgidos em 1927 e início dos anos 30, esbarraram no conservadorismo da época. Os mais antigos achavam que não era o tipo de recreação indicada para os jovens. ‘Foi determinado pela Igreja que os clubes que continuassem a se reunir seriam excluídos’... Durante cerca de uma década as atividades cessaram. Até que em 1946 a idéia foi retomada, com o surgimento de um clube no Sul da Califórnia”.

Daí pra frente o movimento cresceu até ser reconhecido pela Igreja. (Revista Adventista, agosto de 2002, pág. 37)

Bem mais tarde (1940) “a Associação do Sudeste da Califórnia usou o nome de Desbravadores para seu acampamento de verão em Idyllwid, Califórnia, denominando-o Acampamento de verão de Desbravadores Jovens MV.”33 Baseado nisso o Pr. Hancock usou o nome “Clube de Desbravadores” para seu clube (1946).
A Expansão dos Clubes

Um evento importante de 1930 que ajudaria no rápido crescimento dos clubes quando oficializados foi um treinamento no Acampamento de Wawona, Parque Yosemite. 40 diretores de Jovens foram capacitados para dirigirem os “acampamentos culturais”. Esse programa incluía Pioneiria, trabalhos manuais, estudo da Natureza, caminhadas e excursões com equipamento para pernoite, relatos ao pé da fogueira...tudo sobre um fundo de idealismo religioso e fidelidade à Igreja.

Eles “receberam o distintivo de Guia Maior ou Líder e... regressaram as suas associações... prontos para dirigirem acampamentos.”34

De 1931 a 1940, apesar de alguns clubes não receberem apoio das igrejas (alguns foram fechados por ameaça de exclusão como o de Johnston) o programa foi aderido por outras associações. Lawrence A Skinner, diretor de Jovens da União Norte do Pacífico fundou o Clube Traiblazers (Locomotivas). No início dos anos 40 “várias associações através da América do Norte experimentaram um programa similar ao que temos hoje como Desbravadores”35, através dos clubes locais e acampamentos de verão.36

A Organização do Movimento

Em 1946 o Pr. John Hancock, eleito Secretário de Jovens da Associação Sudeste da Califórnia, assimilando idéias dos clubes existentes, resolveu conduzir um programa similar.

Como o acampamento da Associação chamava-se Campo dos Desbravadores “pareceu lógico” chamar a “nova organização” “Clube de Desbravadores.” Promovida a idéia o Pr. Hancock recebeu novo ânimo pela visita de uma mãe em seu escritório. Ela perguntou:

“Por que não pode o acampamento de verão durar todo o ano? Meu filho regressou do acampamento com o brilho dos céus nos olhos... [Aí ele] sentiu que o programa dos Desbravadores experimentado em acampamentos de verão seria mais eficiente se tornasse parte integral do programa semanal das igrejas locais.”37

Ele desenhou o triângulo dos Desbravadores (usado até hoje), incorporando idéias do clube Locomotivas. Os três lados representando o desenvolvimento físico, mental e espiritual dos membros (Lucas 2:52 – Educação pág. 23); a espada o Espírito Santo, o escudo a fé. Juntos indicando que o clube é uma organização espiritual, ligada à Igreja. As cores significando.

A – Vermelho: Sangue de Cristo.
B – Azul: Lealdade e coragem.
C – Amarelo: Excelência – Filipenses 1:9-11
D – Branco: Pureza.38
A Igreja de Riverside escolheu o jovem universitário Francis Hunt para começar o primeiro clube com essas novas diretrizes. Seus 35 membros reuniam-se na casa de membros da Igreja e ocupavam-se de atividades ainda populares (“acampamentos, classes de cozinha, padaria, trabalhos em couro e plástico”).39 Ainda em 46 (Riverside) foi realizada a primeira Conferência dos Desbravadores.

Esse plano mais organizado atingiu outras associações. Em 1947 a Associação Geral solicitou à União Norte do Pacífico desenvolver a idéia para transformá-la num programa mundial. O Pr. J.R. Nelsom, diretor de Jovens da União, desenvolveu um plano “unificado e organizado”. Lawrence Paulson, diretor do Clube de Glendale, escreveu os primeiros manuais. A Associação Geral da Califórnia foi pioneira em ter uma Coordenação para Desbravadores.

Em 1948 o Pr. Henry Berg, diretor de Jovens da Associação Central da Califórnia (que nomeou nesse ano os primeiros Coordenadores de Área) desenhou a Bandeira (Hellen Hobbs confeccionou a primeira). Em maio do ano seguinte, num sábado, sem ser músico, compôs o Hino (oficializado em 1952).

O Reconhecimento e Crescimento

Finalmente em 24 de agosto de 1950 a Associação Geral adotou, oficialmente, o Clube de Desbravadores como um programa mundial para toda a Igreja.40 Lawrence A. Skinner foi nomeado Líder Mundial de Desbravadores e surgiram manuais para formação de líderes e clubes.

Inicialmente usava-se o uniforme verde-floresta (identificação com a Natureza) para facilitar espírito de corpo, cerimônias ou investiduras e identificação como grupo ao evangelizarem. Essa cor foi adotada em vários países.

Durante os próximos 20 anos o Clube começou sua expansão mundial. Destacam-se a primeira Feira Anual (1951), o primeiro Campuri (1953), criação do Dia Mundial (1953) e primeiro Campuri de União (1960).

Em 1970 o Pr. brasileiro Léo Ranzolim foi eleito Líder Mundial. Após o primeiro Campuri de Divisão (Suécia – 1971); primeiro filme (1971) e difusão de publicações, eventos, divulgação na mídia o crescimento se tornou “fenomenal”.

Graças ao dinamismo do Pr. Robert Holbrook (atual Líder Mundial) em 1990 foram “remodeladas” as classes, criadas as de Líder Avançado e Líder Máster; definido o programa dos Aventureiros e revisados vários manuais.

De 02 a 06 de agosto de 1994 aconteceu o primeiro Campuri Internacional de Desbravadores (“Dare to Care” - pela Divisão Norte Americana) em Morrison, colorado – EUA, com participantes de vários países.

Atualmente, graças a direção de Deus, esforço dos pioneiros e sua participação há desbravadores nos 5 continentes, espalhados por 165 países, compondo 90.000 clubes com mais de 2 milhões de membros aproximadamente. EBENÉZER!

Na América Do Sul e Brasil

Tudo “começou quando Nercida [de Ruiz] e seus amigos ouviram falar da fundação de um Clube de ‘Pathfinders’” nos EUA.

Em 1955 ela (e o Diretor do Ministério Jovem da antiga União Incaica) pediu o material e providenciou a tradução. A primeira dúvida foi quanto ao nome: “Club de Conquistadores” foi aceito para a América do Sul, e depois traduzido para o português “Clube de Desbravadores”.

“Graças ao apoio dos pais e de toda a Liderança da Igreja de Miraflores em Lima, Peru, os jovens foram animados e, em abril de 1955” houve a primeira reunião para a criação do Clube... No pátio da Igreja 40 pessoas iniciaram essa conquista.

A primeira dificuldade foi conseguir dinheiro para o uniforme. Decididas as cores, verde para meninas e cáqui para meninos, foram às ruas pedir doações.

Nercida de Ruiz (a base desta história ), atuou 20 anos na Liderança dos Clubes e ainda hoje, aos 83 anos, é Conselheira.41
Este Clube (“Conquistadores de La Iglesia”) “foi inaugurado oficialmente por um Pastor, em 1961, que na semana seguinte esteve em Ribeirão Preto, inaugurando o primeiro Clube Brasileiro... e na outra semana” o primeiro do Rio de Janeiro.42

O Pr Jairo Tavares de Araújo, então Diretor de Jovens da Divisão Sul-Americana (sediada ainda no Paraguai) foi o primeiro a incentivar a fundação de clubes na América do Sul. Em 1957 ele preparou um Manual sobre como organizá-los. 43

Atualmente existem 165.000 desbravadores em cerca de 3.000 clubes na América do Sul e o seu Manual de Especialidades contêm 252 especialidades, aceitas por todas as divisões mundiais; 06 classes regulares/avançadas e 03 de Liderança (Líder, Líder Máster e Líder Máster Avançado).

EM SÃO PAULO 44 - Em 1960, na comemoração dos 40 anos da Sociedade dos Missionários Voluntários no Brasil (hoje J.A) (29 de julho a 1 de agosto, no antigo Colégio Adventista Brasileiro) “ele lançou um desafio para a criação de clubes”. O Pr Wilson Sarli estava presente como distrital de Bauru (SP).

O Pr Wilson assumiu o Departamento de Jovens da Associação Paulista e representou São Paulo no Congresso de Jovens da União Austral (06 de janeiro de 1961, em Embalce, Rio Tercero, Córdoba – Argentina). “Na sexta-feira assistiu”, pela primeira vez, “as apresentações de um Clube” chileno (liderado pelo Pr americano John B. Youngberg) fundador do movimento no Chile.

De volta pediu a sua secretária (Cássia Nigri Demétrio) traduzisse o material conseguido com Youngberg, que foi, segundo ele, solicitado por Feyerabend e apoiou o surgimento dos clubes catarinenses.

Dias depois o Pr Jesus Nazareth Bronze, distrital de Ribeirão Preto (SP) comunicou-lhe haver a comissão da Igreja recém escolhido “um diretor para o clube a ser fundado” e pedia orientações.

Ele “foi apresentado a um dos primeiros diretores... o jovem Luiz Roberto Farias” (substituído logo por Edgar Turcílio). No sábado pregou “o primeiro sermão sobre... Desbravadores no Brasil”.

Escolhida a Diretoria “a primeira reunião oficial aconteceu no domingo pela manhã, no pátio da antiga Igreja Central, quando foram inscritos 23 juvenis.”

Em março de 1961, através dos pastores Wilson e Nazareth foi organizado e “oficializado pela Associação Paulista o primeiro clube do Brasil – O Clube Pioneiros.” O segundo do Estado “foi o da Igreja do bairro Capão Redondo, sendo diretor o Pr Joel Sarli” (também Pioneiros). (Veja Revista Adventista, abril de 2000, pág 8).

“O hino dos Desbravadores teve sua letra traduzida e adaptada para o português, em seguida, por Isolina waldvogel.” (Nosso Clube pág. 10)

“Em pouco tempo houve uma explosão de clubes em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e em outros Estados.”

EM SANTA CATARINA 45 – O Pr americano Henry Raymond Reyerabend participou do Congresso da Argentina como Diretor de Jovens da Missão Catarinense.

“Segundo o Jornal Adventista da Associação Catarinense [ele] chegou ao Brasil em 24 de dezembro de 1958, já trazendo em sua bagagem as idéias da formação de clubes... adquiridas em seu distrito nos [EUA] ...[A] 20 de abril de 1960... dirigiu uma reunião de planejamento das atividades do futuro Clube de Desbravadores Vigilantes, [iniciadas a] 28 de abril de 1960.”

Segundo Elza Fuckner Alves (tinha 11 anos), sua irmã, Lúcia fuckner dos Santos, nasceu um dia antes da reunião inaugural (19 de abril de 1960). A identidade de Lúcia confirma a data. Ademar Zabel lembra que por ter 9 anos só pôde participar depois de muita insistência. Hoje (abril de 2000) ele têm 49 anos.

“Os membros da Igreja de Lageado Baixo dizem que têm certeza de que o seu clube foi organizado antes da viagem para a Argentina.” Feyerabend organizou “7 ou 8 clubes em Santa Catarina”. Porém não lembra nem têm nada escrito (nem a Associação) “para confirmar a data do início dos clubes.”

Em julho de 1961 ele “recebeu a visita de Youngberg que viera ao Brasil passar dicas como formar clubes” que já havia em Lageado Baixo, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Benedito Novo e Bom Retiro. O de Lageado Baqixo foi o primeiro e o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner o primeiro diretor.

Nesse ano Feyerabend reuniu os clubes de Santa Catarina no primeiro Campuri de uma Missão, na praia de Ipanema com “quase 200” participantes.

NO RIO DE JANEIRO 46 – O primeiro brasileiro a usar o uniforme foi o Pr Cláudio Bel, que esteve nos EUA, por volta de 1960, conheceu o Clube, gostou da novidade e mandou fazer o uniforme ao voltar.

Quase na época que o Clube de Ribeirão Preto foi organizado ele recebia material dos EUA. Seu pai Rodolfo Bel, traduziu as apostilas e ambos entusiasmaram-se com as idéias. O Pr Cláudio (então Diretor de Jovens da Associação Rio-Minas) preparou um sermão e o pregou na Igreja de Pavuna (RJ). Pouco depois com o uniforme recém confeccionado e bandeira em punho pregou na Igreja do Meyer (RJ) também sobre a importância do Clube. No culto algumas pessoas se retiraram e chamaram-no de “louco” na saída. Onde já se viu um

Pastor adventista organizando um “clube dentro da Igreja, com uniforme, bandeira, hino oficial... Quase desanimei, [lembra]. Ainda bem que meu pai era o presidente da união Este Brasileira e, como homem de visão, deu-me toda cobertura.”

Ao lançar a idéia em algumas igrejas “encontrou forte resistência... de membros e líderes... Alguns pensavam que se tratava de uma idéia nacionalista, mas quando viam que era um programa da Associação Geral” e conscientizados sobre os benefícios para a Igreja, “retiraram a resistência”. (Revista Adventista, agosto de 2002, pág. 37). Além de organizar o primeiro Campuri de União e Divisão ele “foi O diretor de Jovens que mais tempo dedicou aos Desbvravadores – 42 anos... Junto... com Youngberg... fundou clubes em vários lugares do Brasil.”

A DÉCADA DE 70 – De 1-4 de novembro de 1970 foi realizado o primeiro Campuri de Associação em Pirassurunga (SP), pelos pastores Rodolfo Gorski (então Diretor de Jovens da antiga União Sul-Brasileira, sediada ainda em são Paulo) e José silvestre. Havia clubes da Capital e interior totalizando 350 desbravadores.

O paulista José silvestre “começou a trabalhar com desbravadores (na Obra) em 1972, com 34 anos.” Foi ordenado em 1975. Foi para o distrito de Registro (SP) onde organizou 3 clubes (1978) ainda ativos. Assumiu o departamento de Jovens da Associação Paulista (1980) a fim de continuar nessa área.

Esse amor começou ainda no Colégio Interno, onde fundou o Clube do IAE (1965). “Na época... leu muitos livros, manuais e apostilas dos escoteiros, e outros movimentos ligados à educação de menores”... como os livros de Ellen White (onde encontrou apoio).47

Nesse ano o Pr. Léo Ranzolim foi eleito Líder Mundial dos Desbravadores, até 1980, quando assumiu o Departamento Jovem Mundial.

O Brasil adotou o uniforme verde-floresta mas foi trocado pelo cáqui, “depois que um jovem Líder dos Desbravadores usando a calça verde e uma camiseta do Exército, foi confundido com um terrorista disfarçado e preso” nessa década. No início da mudança as Desbravadoras continuaram vestindo verde, mas unificou-se cáqui para todos.48 Atualmente o Brasil voltou a usar uniforme verde.

A década de 70 foi marcada pelo rápido crescimento dos clubes, eles começaram a espalhar-se rapidamente por todo o Brasil.

DE 80 PARA CÁ – De 28 de dezembro de 1983 a 4 de janeiro de 1984 organizou-se o I Campuri Sul-Americano, em Foz do Iguaçú – Paraná, pelo Pr Cláudio Bel. Compareceram o Pr Stevenson (Líder Mundial) e 104 clubes (3.500 desbravadores) representando 8 países.39 Em julho do ano seguinte uma delegação brasileira compareceu ao Campuri da Divisão Norte Americana (Colorado EUA)49

“No dia 02 de novembro de 1985, foi comemorado o Jubileu de Prata do primeiro Clube brasileiro (APO). Compareceram o Pr. Wilson e “vários membros” do Pioneiros, “inclusive a primeira Desbravadora batizada uniformizada, Miriam Gulfier, que continua ativa no Clube há 25 anos.” 50

Em 1986 o Brasil já era “o maior País Desbravador do mundo” e São Paulo em 88 a cidade “com mais desbravadores” que qualquer outra. 51

Na década de 80 o crescimento se tornou espetacular, evidenciado pelo início dos campuris de União, iniciando pela União-Sul (1979); União Norte (1982); União Este (1985); União Central (1987) e mais tarde União Nordeste (1999).

Em 6 de abril de 1991, pelo Pr Silvestre, “aconteceu a investidura do primeiro Clube de Aventureiros no Brasil”, em Cidade Dutra – SP. 52

De 10 a 16 de janeiro de 1994 aconteceu o II Campuri Sul-Americano, pelo Pr José Maria Barbosa, em Ponta Grossa – Paraná. Ele coordenou de 13-17 de 1998 o I Campuri de Líderes dessa Divisão, em Pucón – Chile.

No ano 2000, por ocasião do Jubileu de Ouro dos Desbravadores foram lançados vários materiais promocionais (livros, revistas, pôsteres...) além da Bíblia do Desbravador (pela UneB) e a Bíblia Desbravador Amigo, com traduções da Sociedade Bíblica do Brasil. Em 2001 a CASA lançou o livro Aventuras ao Ar Livre, esses fatores juntamente com a atuação dinâmica do Pr José Maria deram impulso ao movimento que não parou de crescer.

Em agosto 2002 o Pr Henry Berg veio ao Brasil e “ouviu sua única composição”, ser cantada por 10.000 desbravadores no Campuri da UCB. Já tinha ouvido em grego, chinês, coreano, japonês, italiano e alemão. 53

O último grande evento dos Desbravadores foi o III Campuri-Sul Americano, realizado de 11-16 de janeiro de 2005 em Santa Helena – Paraná, pelo Pr Herton Köller. Compareceram mais de 20.000 pessoas, divididos em 521 clubes, de 8 países, além de delegações de EUA, China, Japão, Rússia...

O Brasil hoje têm cerca de 100.000 desbravadores divididos em 2.500 clubes, o que levou recentemente o Pr Baraka Muganda (Líder Mundial do Ministério Jovem) a afirmar : “O Brasil está mantendo um dos melhores programas de Desbravadores da Igreja no mundo.” 54
Referências
20. História de nossa igrejapág.27 21. idem 22. Apostila Orientação e Treinamento para Diretoria de Desbravadores. pág.27
(Ethel Johnston) e Ione Martin iniciaram outro para meninas no sótão. Os clubes reuniam-se mensalmente e iam acampar, usavam os requisitos das classes J.A e uma camisa especial como uniforme.31 Incompreendidos “pela Igreja da época e sem apoio, a idéia foi abandonada.”32
31. Idem 32. Nosso clube O que você precisa saber para ser um desbravador. Pág.8 33. Liderança Eficaz pág 7
34. História de Nossa Igreja. Pág.471 35. Liderança Eficaz]pág.27 36. Desbravadores – Uma Eterna Aventura. Editado por Ivay Araújo. Juazeiro do Norte – Ce.pág.2
37.[Liderança Eficaz] pág.28. Para muitos o Pr. Hancock é considerado o fundador do Clube de Desbravadores, embora preferimos considerá-lo o Organizador do Movimento. Para maiores detalhes consulte “A História dos Desbravadores’, de sua autoria, publicada pela União Central Brasileira (2000)”. 38.Apostila Orientação e Treinamento para Diretoria de Desbravadores. pág.29 39.Liderança Eficaz pág28
40. Apostila Orientação e Treinamento para Diretoria de Desbravadores. pág.29
41. Vídeo “Ela é Fonte de Esperança”, divulgado no III Campuri Sul-Americano (Adaptado) 42. Apostila Orientação e Treinamento para Diretorias de Desbravadores, pág.25
43. Aventuras ao Ar Livre – Guia para Desbravadores, pág. 183 44. Baseado nos livros A Chegada do Adventismo ao Brasil, de Michelson Borges págs. 161-164 (Casa Publicadora Brasileira 2000) e Aventuras ao Ar Livre págs. 183-184.
45. Idem, págs. 164-166
46.bidem págs. 166-172.
47. Ibidem pág. 170
48. Apostila Orientação e Treinamento para Diretoria de Desbravadores, pág. 29 49. Revista Adventista, fevereiro de 1985, págs. 18-22) 50. Revista Adventista, janeiro de 1986, pág. 27. 51. Revista Adventista, novembro de 88, pág. 40 e maio de 86, pág. 13.
52. Revista Adventista, junho de 1991, pág. 28. 53. Revista Adventista, agosto de 2002, pág. 36
54. Revista Adventista, maio de 2001, pág. 23.

Créditos: RIBAMAR DINIZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...