A MÃE DE UM DESBRAVADOR
Ela sente a alegria por dar a seu filho
aquilo que há de melhor da vida, nesta fase tão importante.
Nesta idade de descobertas, de
emoções, de aventuras, de curiosidade, de amor, e de tantas aventuras e
desventuras, a mãe sente, e luta para que seu filho, outrora bebê, comece a se
firmar sob seus próprios pés e a viver suas próprias aventuras.
Começa o Domingo, lá vai ela em
direção à cama do seu filho e o observa dormindo, em seu gostoso sono inocente.
Ela fica com dó de acordá-lo e quer deixá-lo dormir mais um pouco, mas o acorda,
pois está na hora de levantar e ir para o clube.
Domingo após domingo, lá vai ele para
o Clube de Desbravadores, aprendendo e aprendendo, descobre mais acerca do
mundo maravilhoso da natureza; dos nós; das amarras; da ordem unida; Dos
trabalhos manuais, quanta coisa! Mais de 200 especialidades... A mamãe permanece
em oração, fazendo de tudo para vê-lo crescer sadio, forte, desembaraçado,
atraente, simpático, bom amigo, companheiro, um guia ou quem sabe um dia,
líder!
Quando surge um acampamento, e agora?!
É a primeira vez que ele vai dormir fora de casa, como vai ser? E se chover? E
se der um pé de vento? E se uma cobra
entrar em sua barraca? Não tem aranha lá, dona Leda? Não tem escorpião Charles?
Não tem perigo de ladrão? Onde é o banheiro? Tem chuveiro quente? Coitadinho,
tão pequeno e já quer dormir fora de casa. Mas ela sabe que ele tem de ser
corajoso, ele aprenderá a ir onde Deus mandar, que deverá enfrentar a vida e
então o deixa ir.
Fica apreensiva, se chove ela não
dorme direito, se venta também não dorme e ao acordar a noite e ver a cama de
seu filho vazia, pensa nele. “com será que ele está?”, ela ora, ela se preocupa,
ela não conta a ninguém, nem para o seu marido suas preocupações porque já sabe
qual será a resposta: “Ah, não se preocupe, ele se vira, ele já está bem crescido”.
Mas ele também está com o coração apertado, com saudade do seu soldadinho.
Quando ele volta do acampamento tem
assunto para uma semana, ninguém fala em casa só ele.
A mãe ouve atenta às suas histórias,
ouve tudo o que ele diz. “Sabe mãe, eu comi cebola”, a mãe se espanta. Outro
diz, “Sabe eu comi cenoura, e até pimentão! Até salada que eu não gosto muito,
lá estava gostosa!”, o outro que não comia banana comeu com mingau.
Agora começa outro drama, abrir a mochila, haja paciência da mãe...
Agora começa outro drama, abrir a mochila, haja paciência da mãe...
Ao abrir a mochila sente um cheiro
estranho, como marinheiro de primeira viagem ele se esqueceu de comer o
sanduíche que levou há três dias. As meias estão com muito barro... E com
aquele cheiro. A camiseta está manchada de... O que é isso?! Faltou uma meia, esqueceu o calção, furou o
tênis, rasgou a calça, os bolsos estão cheios de pedrinhas, folhas, até um
grilo morto no bolso do calção que ele se esqueceu de jogar fora! Tudo é
pacientemente analisado, ponderado, apreciado. E a mãe imagina cada detalhe, e
percebe que ela também viveu a aventura do seu pequeno, e assim sorri. Iramoia
Benjamim diz:
“As mães, essas, foram feira para
sofrer e chorar, chorar com e pelos filhos, lutar por eles e sofrer com eles,
sentindo como suas as dores deles.”
Parafraseando I Coríntios 13, podemos
dizer:
A verdadeira mãe Cristã é paciente, é
benigna, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se
recente do mal, não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
Ser mãe de um desbravador requer um
serviço dobrado! É ser uma Super Mãe? Mais do que isso, é estar diante de Jesus,
e quando Ele perguntar “Onde está o filho que te dei?”, sua resposta será: “Eis aqui”.
Mamães,
nós não seríamos nada sem vocês!
Uma
homenagem do Clube Cedros do Líbano a todas as guerreiras, responsáveis pelos
melhores abraços do mundo. O nosso muito obrigado, cheio de amor.
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